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Arquivo Pessoa

OBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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Fernando Pessoa

O mau aroma alacre

O mau aroma alacre

Da maresia

Sobe no esplendor acre

Do dia.

Falsa, a ribeira é lodo

Ainda a aguar.

Olho, e o que sou está todo

A não olhar.

E um mal de mim a deixa.

Tenho lodo em mim —

Ribeira que se queixa

De o rio ser assim.

27-3-1931

Poesias Inéditas (1930-1935). Fernando Pessoa. (Nota prévia de Jorge Nemésio.) Lisboa: Ática, 1955 (imp. 1990).

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